segunda-feira, 3 de agosto de 2009
Soneto banal sobre o amor
Soneto em medida velha (para ser nova)
Confissões de uma alma angustiada
terça-feira, 21 de abril de 2009
A poesia não serve para nada
Incompreensível
Ou incompreendido?
O inútil poeta
Vive nos sonhos.
Sem produzir
Bens de consumo
Ou capital monetário.
Errante segue
Perdido no meio
Do nada e do tudo.
A vida passa pela
Relva de suas
Locuções ignóbeis
E sábias, mas
Não é a vida,
É uma imagem
Ou só mais um de
Seus tolos sonhos.
O mal que te persegue (Das idéias reacionárias ao pensamento progressista)
Por mais que queiras...
Mesmo que insistas...
Ora, perdoe a sinceridade;
Não és o que pensas
Ser: persona; personalidade...
Mesmo que lutes,
Que afies as garras:
Algo sempre restará;
Que seja pequeno elemento
Em seu cerne ficará...
Completamente, é a verdade,
Não te livrarás das amarras...
Mesmo que penses não ser
E lutes plenamente para não ter:
Tu és produto histórico!
A culpa não é tua!
Por essa constatação nua e crua,
Não te deprimes: não fique melancólico...
Abraça a pura felicidade,
Contemple a mera realidade:
Mesmo que pareça pouco,
Siga em frente e te satisfarás;
Aos poucos... com tua firmeza
Gerações futuras libertarás.
Imemoriais
Oh! Imemorial tempo de outrora,
O que trazes na mala da nostalgia?
Velhas tuberculoses e epidemias.
A alma lúgubre sacia
O que restou de um pouco de sol.